domingo, 31 de julho de 2011

FALTA SEGURANÇA PARA A POPULAÇÃO!!!!

"Foi aquele terror", diz prefeito de Cidreira que teve a casa invadida por ladrões


Beto Pires, de 45 anos, conta como foi a ação dos bandidos

Kamila Almeida | kamila.almeida@zerohora.com.br
Depois de ter a casa revirada por três assaltantes armados na noite de sábado, o prefeito Roberto César Pires Camargo, o Beto Pires (PMDB), de 45 anos, avalia a segurança nos balneários do Litoral Norte. Segundo ele, o regime de funcionamento das delegacias aumenta a sensação de vulnerabilidade.

— Todos estão à mercê. Não temos segurança pública. Falta estrutura de investigação. Infelizmente, o cidadão está tendo de rezar e torcer para que não seja a vítima escolhida — disse ele, que precisou registrar a ocorrência em Tramandaí porque as delegacias do município e arredores estavam fechadas.

Na casa localizada no Centro da cidade, a 500 metros da delegacia da Polícia Civil, estavam o prefeito, um tio de 72 anos e a avó da esposa dele, de 82 anos. O trio de bandidos escalou um muro de três metros de altura que fica nos fundos da residência por volta das 20h15min e anunciou o assalto. Eles estavam à procura de um cofre.

— Foi aquele terror, reviraram toda a minha casa, tiraram quadros do lugar e não acharam nada. Dei R$ 5 mil que tinha guardado. Acabaram nos amarrando, trancando nossas bocas com fitas. Os dois idosos ali, dois cardiopatas. Tivemos sorte de nada ter nos acontecido. Estamos todos bem — relata o prefeito.

A mulher de Beto Pires, Janaína Barbosa Camargo, 40 anos, estava em um culto da igreja com a mãe dela e chegou minutos depois que os criminoso haviam saído, levando o dinheiro, joias, documentos e roupas. Enquanto recolhiam os objetos de valor foram até a churrasqueira e puseram em sacolas pedaços de carne assados e uma garrafa de vinho.

O prefeito estima que pelo menos outras duas pessoas estavam com o grupo. Um deles teria entrado na casa e o outro ficado esperando no carro estacionado em frente à moradia. O grupo fugiu de carro e ninguém foi preso.

Este foi o segundo assalto vivenciado por Beto Pires. O primeiro, nos mesmos moldes, foi há cerca de 10 anos, quando era empresário e morava em um bairro mais afastado do Centro, no Parque dos Pinos. Traumatizado com a ação, o prefeito se mudou com a família para a residência atual em uma rua mais movimentada e com mais moradores.

— As pessoas imaginam que por ser o prefeito há um grande aparato de segurança. Nessas horas, com uma arma na cabeça, é difícil pensar em chamar a vigilância — desabafa.
ZERO HORA

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