27/6/2011 22h54m - Polícia
DP de Teutônia: Dois policiais, 30 mil pessoas
Teutônia - Uma das delegacias de polícia da região que mais sofrem com a carência de investimentos na questão estrutural agora enfrenta mais um grande problema: a falta de efetivo. Desde ontem, a Polícia Civil - responsável pelo atendimento das cidades de Teutônia e Westfália, somando uma população de cerca de 30 mil pessoas - conta com apenas dois agentes, que trabalham sob a coordenação do delegado Mauro Mallmann. O terceiro servidor pediu transferência por problemas pessoais e foi autorizado pela chefia da 19ª Região Policial.
A situação fica mais crítica ao analisar os investimentos da Chefia de Polícia do Estado no órgão. Não há cursos de formação de agentes em andamento, e a próxima turma deve ser preparada somente em 2012. Até lá, a alternativa será remanejar policiais de uma cidade para outra, tal como um cobertor curto.
“A situação está insustentável”, admite o delegado. “Quando precisamos cumprir algum mandado, fazer uma busca, um policial fica na DP e eu vou com o outro fazer o trabalho”, relata. A maior parte dos registros na cidade é de ameaças, furtos e violência doméstica.
“A falta de policiais prejudica o andamento das investigações, que são praticamente selecionadas por ordem de gravidade. Vamos atuando de acordo com nossas possibilidades, mas também precisamos tocar o serviço cartorário”, analisa Mallmann.
Empréstimo
O “paliativo”, como é chamada a solução encontrada pela delegada regional de Polícia, Flávia Colossi Frey, para tentar minimizar o problema, é o empréstimo de um agente. O policial, atualmente lotado na DP de Taquari, será remanejado para Teutônia, onde trabalhará até o final de julho. A partir daí a solução é esperar. E rezar para que os servidores consigam dar conta do serviço, com o mínimo de qualidade.
“Nossa única perspectiva é receber egressos da Academia de Polícia, mas o curso só deve ter início no ano que vem. Lamentamos muito a situação de lá”, afirma Flávia. “O caso de Teutônia é terrível. Estamos muito preocupados com as atividades de polícia naquela cidade e, para que o caso não ficasse ainda mais grave, buscamos esse paliativo”, explicou a delegada.
SaibaMais
Delegacia de Teutônia é uma das mais problemáticas da região. Agora também com déficit de funcionários, já passou por situações graves por problemas de infraestrutura. O prédio onde funciona, junto ao Centro Administrativo, não tem cela para os presos, que em geral ficam detidos em um antigo banheiro. Outra alternativa é uma argola de ferro afixada junto à sala principal da DP, onde os detidos são algemados.
Nos últimos três anos ocorreram pelo menos três fugas protagonizadas por pessoas que ali estavam detidas: no caso mais grave, uma quadrilha de assaltantes conseguiu escapar após um deles abrir sua algema com uma chave mixa, soltar os comparsas, render uma delegada, um policial e uma funcionária, agredi-los e fugir a pé do local.
“A situação está insustentável”, admite o delegado. “Quando precisamos cumprir algum mandado, fazer uma busca, um policial fica na DP e eu vou com o outro fazer o trabalho”, relata. A maior parte dos registros na cidade é de ameaças, furtos e violência doméstica.
“A falta de policiais prejudica o andamento das investigações, que são praticamente selecionadas por ordem de gravidade. Vamos atuando de acordo com nossas possibilidades, mas também precisamos tocar o serviço cartorário”, analisa Mallmann.
Empréstimo
O “paliativo”, como é chamada a solução encontrada pela delegada regional de Polícia, Flávia Colossi Frey, para tentar minimizar o problema, é o empréstimo de um agente. O policial, atualmente lotado na DP de Taquari, será remanejado para Teutônia, onde trabalhará até o final de julho. A partir daí a solução é esperar. E rezar para que os servidores consigam dar conta do serviço, com o mínimo de qualidade.
“Nossa única perspectiva é receber egressos da Academia de Polícia, mas o curso só deve ter início no ano que vem. Lamentamos muito a situação de lá”, afirma Flávia. “O caso de Teutônia é terrível. Estamos muito preocupados com as atividades de polícia naquela cidade e, para que o caso não ficasse ainda mais grave, buscamos esse paliativo”, explicou a delegada.
SaibaMais
Delegacia de Teutônia é uma das mais problemáticas da região. Agora também com déficit de funcionários, já passou por situações graves por problemas de infraestrutura. O prédio onde funciona, junto ao Centro Administrativo, não tem cela para os presos, que em geral ficam detidos em um antigo banheiro. Outra alternativa é uma argola de ferro afixada junto à sala principal da DP, onde os detidos são algemados.
Nos últimos três anos ocorreram pelo menos três fugas protagonizadas por pessoas que ali estavam detidas: no caso mais grave, uma quadrilha de assaltantes conseguiu escapar após um deles abrir sua algema com uma chave mixa, soltar os comparsas, render uma delegada, um policial e uma funcionária, agredi-los e fugir a pé do local.
Emilio Rotta
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