O concurso público para provimento dos cargos de inspetores e escrivães no Rio Grande do Sul não pode esperar até janeiro do próximo ano para iniciar o curso de formação. Este dura em média quatro meses o que levaria a nomeação destes aprovados a ocorrer somente em maio de 2012. Com a Operação Verão em pleno funcionamento seria bastante improvável que este curso comece em janeiro.
Segundo o sindicato UGEIRM, na primeira semana após a recepção da aposentadoria especial pelo governo do estado, há uma média de 30 pedidos de formulário de aposentadorias por dia. O sindicato prevê que nos próximos meses serão no mínimo 500 policiais se aposentado e até abril do próximo ano pelo menos outros 500. Some-se isso as vagas previstas no edital do concurso e teremos um aprofundamento do déficit histórico da polícia judiciária civil no RS.
Como se não bastasse, 31% dos 863 candidatos que estão no certame, também estão aprovados em outros concursos: PC-PR, PC-SC, Secretário de Diligências do MP, Oficial de Justiça, Oficial Escrevente, TJ, TRENSURB e prefeituras diversas. Ora, com uma demora dessa natureza haverá dificuldade mesmo em preencher as vagas que o edital prevê! E logo virão outros concursos que irão defasar ainda mais os quadros da PC-RS.
Desse modo, é muito difícil entender que razões orçamentárias sejam a única justificativa para uma demora tão grande. Não é racional, não é justo e nem econômico desperdiçar esse pessoal que foi aprovado depois de um processo que envolve tantas fases. Não é possível que a administração do estado não perceba isso.
As delegacias do estado agonizam e há sobrecarga de trabalho sobre os agentes policiais em todo o estado. Os inquéritos se acumulam e não são concluídos aumentando ainda mais a sensação de impunidade que já vigora na sociedade. Todas as instâncias da polícia Civil são prejudicadas com essa situação.
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Movimento dos Aprovados do Concurso da Polícia Civil do Rio Grande do Sul