O concurso abriu para 500 vagas, sendo 250 para o cargo de escrivão de polícia e 250 para o cargo de inspetor de polícia. Insta salientar que o próprio edital refere a possibilidade de chamamento dos excedentes.
Nossa primeira prova foi no dia 10 de outubro de 2010. Desde lá, passamos por diversas fases e testes, tais como: prova objetiva, redação, teste físico, teste psicotécnico, exames médicos e vida pregressa. No mês de maio saiu a última lista, com a relação dos aprovados nos cargos de inspetor e escrivão de polícia. No total, somos 867 candidatos que aguardam, incansavelmente, a convocação para a academia de polícia.
Desde então, viemos buscando o apoio de diversos Deputados, tais como Adão Villaverde, Mano Changes, Edson Brum, Alexandre Lindemayer, entre outros. Ademais, tivemos a ajuda de vários municípios que fizeram uma moção de apoio em prol do chamamento imediato de todos os aprovados no concurso, a saber: Santa Maria, São Pedro do Sul, Uruguaiana, Passo Fundo, Bagé, São Gabriel, Rio Grande, Pelotas, Santo Ângelo, Porto Alegre, Tabaí, entre outros.
Fizemos, também, um abaixo assinado que hoje já consta com 2.827 assinaturas.
Fora todos esses empenhos, nos reunimos na redenção e fizemos panfletagem e, inclusive, no dia 20 de setembro do corrente ano, entregamos uma carta e uma camiseta em mãos do Governador do Estado.
O curso para provimento dos cargos de inspetores e escrivães no Rio Grande do Sul tem data provável de inicio no dia 04 de janeiro de 2012, com o chamamento de apenas 500 aprovados, segundo o Governo. No entanto, até o presente momento, conforme as publicações do Diário Oficial do Estado, até a presente data 807 servidores da PC/RS se aposentaram. Some-se isso as vagas previstas no edital do concurso, e teremos um aprofundamento do déficit histórico da polícia judiciária civil no RS.
Como se não bastasse, 31% dos 867 candidatos que estão no certame, também estão aprovados em outros concursos: PC-PR, PC-SC, Secretário de Diligências do MP, Oficial de Justiça, Oficial Escrevente, TJ, TRENSURB e prefeituras diversas. Nesta senda restarão, após a matrícula, em torno de 200 candidatos excedentes. Um novo concurso ensejaria mais um gasto para o Governo. Portanto, porque não aproveitar os candidatos que já passaram por todas as fases classificatórias e estão aptos para a convocação para a ACADEPOL? É muito difícil entender que razões orçamentárias sejam a única justificativa para o não chamamento de todos os aprovados. Não é racional, não é justo e nem econômico para o governo desperdiçar esse pessoal que foi aprovado depois de um processo que envolve tantas fases. Não é possível que a administração do estado não perceba isso! As delegacias do estado agonizam e há sobrecarga de trabalho sobre os agentes policiais em todo o estado. Os inquéritos se acumulam e não são concluídos, aumentando ainda mais a sensação de impunidade que já vigora na sociedade. Todas as instâncias da Polícia Civil são prejudicadas com essa situação.
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